O papel das emoções públicas na política cultural da democracia (Presencial)
Apresentação:
O objetivo deste curso é o de trazer elementos teóricos e práticos para que o professor de filosofia, história ou sociologia do ensino básico possa propor leituras e atividades em sala de aula em torno dos elementos que comumente atribuímos à identidade nacional. Quem é o brasileiro e a brasileira? Em que a brasilidade se distingue de outras nacionalidades? O que está por trás do mito da brasilidade contido na ideia de que o Brasil é a terra do samba e carnaval?
Somos uma nação heterogênea em vários aspectos, tais como, racial, geracional, étnico, regional, sexual, social, entre outros, no entanto, na grande mídia e propaganda nacionais prepondera a representação do brasileiro/a como um/a jovem, de classe média, branco/a, morador/a da zona sul carioca. Quando o pobre é representado, em geral, ele é negro e mora na favela. Fazemos parte de um país marcado pelo passado colonial escravista e, no entanto, não discutimos as relações sociais, de classe e de gênero nas escolas suficientemente. Apesar da maioria da população estar excluída dos bens sociais básicos como trabalho, moradia, educação, saúde e trabalho, ainda acreditamos que o brasileiro é essencialmente cordial, pacífico, receptivo, malandro. Será que o mito do brasileiro cordial serve aos interesses de manutenção do status quo das elites nacionais? Quais as estratégias que podemos traçar a fim de tornar a representação do/a brasileiro/a mais multifacetada e rica? Como incluir nela os vetores de classe, gênero, sexo, raça e etnia? Apesar de compreendermos que as diversas formas de preconceito, exclusão e opressão se interseccionam em uma mesma pessoa, no nosso curso abordaremos cada opressão separadamente.
Público-alvo:
Professores da educação básica da rede pública, preferencialmente das disciplinas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia.
Modalidade:
Presencial.
Pré-requisitos:
- Ser docente da rede pública de educação básica
Carga-horária:
20 horas
Conteúdo:
11 de agosto: abertura – 1ª parte: explicação da proposta do curso; 2ª parte: exercício de auto-sensibilização através da técnica do teatro do oprimido;
1 de setembro: o mito da brasilidade e o conceito de ralé
29 de setembro : o racismo no Brasil
27 de outubro: a questão de gênero no Brasil
24 de novembro: sexualidade e gênero no Brasil – encerramento
Metodologia:
O curso é dividido em módulos. Cada módulo de três horas de duração é composto por uma parte teórica e outra prática. Na parte teórica apresentaremos para a discussão trechos de artigos e livros de sociólogos, antropólogos, pedagogos e filósofos nacionais. Na segunda parte, apresentaremos sugestões de como trabalhar o tema da aula em sala de aula, através de vídeos, imagens, debates. Ao fim de cada módulo, o professor terá a sua disposição uma bibliografia para aprofundar o tema por conta própria e sugestões didáticas de como abordar o tema em sala de aula.
Usaremos a técnica de sensibilização teatral desenvolvida por Augusto Boal intitulada Teatro do Oprimido tanto para nos sensibilizarmos para as formas como oprimimos e somos oprimidos enquanto educadores, quanto como possibilidade de aplicação do TO como método didático nas salas de aulas. As emoções possuem um lugar central no projeto. O desafio é imaginar formas de desenvolver atividades escolares que ajudem a desenvolver emoções públicas, inclusivas, como amor e compaixão, nos alunos.
Inscrição:
De 03/07/2017 a 09/08/2017
Período de realização:
Início: 11/08/2017
Previsão de término: 24/11/2017
Local das aulas:
IFCS, Largo do São Francisco 1 – sala Celso Lemos
Horário: das 14 às 17 hrs
Número de vagas:
40 vagas